domingo, 13 de janeiro de 2013

Provando do próprio veneno

Despejo a garrafa em minha taça até retorcê-la.
Até que a última gota se dê por vencida.
E se renda à força da gravidade.

Ergo o braço esquerdo.
Faço um brinde à ironia.
O aroma é frutado, com notas de sangue.

O líquido queima aonde toca.
As chamas embrulham o estômago e me fazem gritar e chorar.
É o gosto amargo da primeira vez.

Penso em todos que já machuquei.
Descarto a ideia de extrema unção.
Mantenho a sobriedade ao apreciar cada gole.

Experiência única.