Dez horas da noite. Onze horas. Meia-noite.
O telefone não toca. O celular não vibra.
Entrei em desespero. Nem sinal dela.
Ela saiu com os seus amigos e me esqueceu. Me largou. Me trocou.
Trocou o NOSSO rolê pelo rolê DELA.
Na TV um filme de terror dos anos 50.
Odeio filme de terror. Odeio os anos 50. Falta poesia.
Meia-noite e meia. O telefone toca.
Ela estava bêbada. Bêbada não. Trêbada. Em estado de semi-PT.
NADA MAIS IMPORTAVA. O que deveria causar-me fúria traz alívio extremo. Como deve ser morrer feliz.
Ela queria ajuda. Não tinha como voltar para casa. Perdeu o ônibus. Perdeu a memória. A reputação já havia sido perdida há tempos.
NADA MAIS IMPORTAVA. Enfim chegava a hora do meu rolê com ela.
E chegou. Paredes brancas. Jalecos verdes.
Ela passou o resto da noite ao meu lado.
De mãos entrelaçadas e glicose na veia.
Foi a nossa balada. A balada perfeita.
Amor bandido. Amor verdadeiro. Amor eterno.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
3 comentários:
E é justamente esse tipo de garota q derruba caras como eu e vc UASHUASH!
Às vezes vc é mais poético sem ser poético!
Cold eh poeta tbm? caracas!
Postar um comentário