Já passava das onze. O velho homem permanecia imóvel.
Como se a areia em volta houvesse se fundido a seu corpo.
Ele observava as estrelas, mapeando o céu de ponta a ponta.
Lembrou-se de seu pai. O velho mestre sabia tudo sobre aquelas constelações.
"Vê aquela cadeira embaixo de Escorpião? É Ara."
Aquelas luzes eram seu ópio. A mente estava vazia. A dor em suas mãos não cessara, todavia.
Até que o sono chegou. Acompanhado do vazio em seu peito.
Ele já o aguardava. Era como se fossem velhos amigos.
sábado, 5 de julho de 2014
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário